segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Primeiras 6 semanas e 3 dias


Olá! Sou Priscilla, mamãe de um bebezinho que ainda não sei o sexo, mas que já é amado incondicionalmente por mim e pelo papai dele(a).

Meu principal objetivo com este blog é que futuramente meu filho(a) possa ler o que aqui foi escrito e ficar sabendo das alegrias e perrengues que a mamãe de 1ª viagem aqui enfrentou enquanto ele(a) ainda estava dentro da barriga. Espero que gostes filhote!

A primeira dificuldade foi escolher um nome para o blog, queria algo bem criativo, inusitado, mas não rolou. Dizem que a mulher fica meio burra durante a gravidez, pois parte do sangue que oxigenaria o cérebro,  vai pro útero, para dar bastante força ao novo serzinho que se desenvolve.  Pude ter a primeira comprovação de que isso ocorre quando procurei um nome para o blog. Na vontade de começar a escrever aqui logo abandonei meu orgulho e escolhi um nome bem comum, Diário da Mamãe Pri. Como eu cheguei a esse nome explêndido? Hoje, num almoço na casa da vovó. Inclusive, hoje é o segundo dia que venho pra cá. Meus enjoos são cada vez maiores e mais instáveis a ponto de ser um pouco difícil ficar o dia inteiro sozinha em casa. Sinto muitas tonturas, enjoos, calafrios, ânsias de vômito que nunca acontecem (pelo menos por enquanto), baixas na pressão. Enfim, eu e o maridão temos dito que sou uma grávida muito sintomática e enjoadinha, literalmente.

Estávamos tentando engravidar há exatos três meses. Decidimos que iríamos começar a tentar nas férias de julho do segundo ano da minha faculdade, durante um jantar romântico com ceviches de salmão e regado a uma quantidade considerável de saquê. Não conseguimos mais segurar a vontade imensa de sermos papai e mamãe. Fizemos tudo dentro dos conformes, consulta ao médico ginecologista, vários exames e comecei a tomar ácido fólico, para prevenir  má formação no tubo neural. Na consulta seguinte, após o resultado dos exames, tudo ótimo comigo, tudo ok. Bastava treinar que uma hora aconteceria. Ficamos meio assustados ao saber que se as tentativas durante um ano não tivessem sucesso seria absolutamente normal. Nós queríamos um filhote logo! O primeiro mês de tentativa foi o mais ansioso, ao chegar ao 30º dia do ciclo foram 4 exames de farmácia, um por dia. Todos negativos e, enfim no 34ª dia, veio a menstruação. O David ficou frustradíssimo, ansioso que só ele para se tornar papai. O segundo mês estávamos mais tranquilos, e sem que nenhuma agonia extrema ou exame de farmácia surgissem, veio a menstruação, no 26º dia. No terceiro mês deixei combinado com o maridão que só faria exame após o 7º dia de atraso, tendo como base um ciclo de 30 dias. Mas aí o papai estava na casa de um grande amigo nosso, o Aldo Jr. e conversando sobre o assunto Aldo e David combinaram o seguinte: Aldo compraria o exame para ser feito naquele dia mesmo, se desse negativo o David o reembolsava, se desse positivo o teste seria o primeiro presente do bebê. David me buscou na aula agoniado, querendo me convencer a fazer o teste naquele dia mesmo (34º dia do ciclo), ele tinha certeza que eu estava grávida, pois meus seios já estavam doloridos por demais e eu havia passado mal na semana anterior. Eu resisti em fazer o exame, resistência essa que não durou mais que 20 minutos...
Descobri que estou grávida no dia 3 de outubro de 2012, por volta das 22h15min, numa noite após uma aula de psicanálise (que a mamãe não gosta muito, diga-se de passagem). Fui ao banheiro, o papai junto cuidando dos utensílios do exame, fizemos o teste direitinho. Colocamos a varetinha no xixi e imediatamente apareceu a primeira listra rosa, que indica que o exame é válido. Eu disse, “viu, não estou grávida, e se estou ainda é cedo pra saber, vamos esperar mais e outro dia eu o faço novamente”. No exato momento em que eu terminei a frase uma outra listra rosa bem clarinha começou a surgir. E eu resistindo, dizendo que em outros exames isso também tinha acontecido...Ledo engano. Em menos de 10 segundo a listra clarinha se tornou forte o bastante para me convencer que estavas na minha barriga. Os olhos do papai e da mamãe se encheram de lágrimas, e nos abraçamos. A felicidade que tomou conta de mim foi muito maior do que a de passar no vestibular, do que a de finalmente decidir pelo curso de psicologia e do que a de casar com o papai (e olha que essa foi BEM grande). A gente se olhava e dizia, estamos grávidos, estamos grávidos!! O papai saiu pulando e gritando pela casa “A GENTE TÁ GRÁVIDO MEU AMOR, ESTAMOS GRÁVIDOS!” E eu dizendo “fala mais baixo que a vizinhança não precisa ser uma das primeiras a ficar sabendo!” Daí em diante gravamos vídeos com declarações pra ti, que já viste ou ainda vais ver filhote.
No dia seguinte à noite mais feliz e mais mal dormida (até aquele momento) das nossas vidas saímos para ir ao médico contar a novidade e claro, contar aos teus avós, titios e titias. Sem contar os inúmeros telefonemas para os familiares que moram longe e para alguns amigos. Nessa mesma noite comemoramos no Cachorro-Quente do Rosário com alguns amigos que estavam nos arredores.

Daí pra frente, assim como os sintomas, a felicidade e o amor só aumentam. Hoje a mamãe está com exatas 6 semanas e 3 dias de gestação. Ainda és bem pequenininho (a), mas tanto quanto as células se multiplicam nesse pequeno corpo o amor que o papai e a mamãe sentem por ti também se multiplica.
Esse post é um resumo (bem resumido) desses últimos 12 dias. Logo venho aqui novamente. Para quem quiser saber ainda mais o que acontece nessa nova família em formação o papai do filhote também está postando semanalmente no seu blog o diário do papai: www.donmattos.blogspot.com

Rankin dos sintomas ao terminar de escrever o post:
5h sem baixa de pressão;
2h sem calafrios;
30min sem enjoo;
30min sem ânsia de vômito;
30seg  sem tontura;
Estou com dor de cabeça;
Ainda invicta no vômito, apesar do enjoo e ânsias impertinentes.

Beijos, a mamãe te ama!

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